terça-feira, 7 de agosto de 2012

Eu e o ato de comer

Várias vezes já falei neste blog que a obesidade é uma doença. Que o ato de comer desenfreadamente é semelhante ao de beber, fumar ou drogar-se desenfreadamente.
Será parentesco com Garfield?

Qual o gordinho que nunca se pegou terminando de almoçar e pensando no que vai jantar? Qual o gordinho que nunca esteve na sala de aula pensando no intervalo pra poder fazer o seu lanche? Atire a primeira pedra o gordinho que nunca foi à sorveteria e repetiu o sorvete mesmo de barriga cheia, só porque estava muito bom.

Outro dia fui numa festa e vi alguém recusar um docinho pois não estava com fome. Olhei bem naquele rosto e a invejei. Que tipo de pessoa recusa comida por não está com fome? Quem em sã consciência prefere uma sopa de legumes a uma macarronada? Pensei comigo: ainda chego nesse nível. Eu não como porque tenho fome e sim porque é bom, porque sou glutona; escolho a macarronada porque sei o que é bom (pelo menos ao paladar). 

Acordo pensando em comida; durmo pensando em comida; como pensando em comida e tem que ter uma explicação científica pra isso.

Malho, faço dieta, como, deixo de comer, mas a minha relação com o alimento ainda é meio doentio. 

Desafio: Preciso ver a comida como alimento para sobrevivência e não como objeto de prazer. Como fazer isso? Não sei. Talvez análise ajude, se é que Freud explica.

2 comentários:

  1. Olá, Semia!!
    Faz tempo que não apareço por aqui, porém, hoje esta tua postagem mexeu comigo.
    Há anos luto contra o prazer das delícias gastronômicas calóricas. Parece que só estas são capazes de me sustentarem. Pelo contrário, elas só me fornecem o prazer momentâneo e o acúmulo nas minhas curvinhas que sumiram cada dia um pouco mais e se transformaram em elevações indesejadas, tenho consciência disso.
    O desafio de ver a comida como alimento que nos parece uma utopia, mas, eu acredito que seja possível sairmos vitoriosas dessa luta, porém, precisamos nos tratar como dependentes da química alimentar e lutarmos todos os dias para criarmos a resistência necessária e aprendermos a não ver a comida como um elemento que nós enche de prazer.
    Espero que este também seja o que Freud teria para nos dizer.
    Em frente, Amiga!!! Vamos lá ... tenho fé que conseguiremos um dia olhar a comida e dizer: “Não estou com fome.”
    Abração!!!

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  2. Pois é, Semia... tão fácil a gente engorda, e para emagrecer é uma luta, né?! Acho que a gente precisa ter mais determinação... tô na mesma que vc... uma hora vai, outra desanda... Acho que vou procurar um profissional pra me acompanhar, pra me cobrar, sabe?! Quem sabe dá certo?! Bjsss

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